quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Ceifeira do amor

O juízo dos teus olhos é que alarma para a estonteante fera,
que deparas com fervor os sentimentos em matéria,
o mero vislumbre furtivo à dama endiabrada,
com meia face gélida e outra metade deturpada,
o reflexo do espelho que segura confunde-se na imagem do amanhecer,
erguendo o brilho de suas tranças mal traçadas,
e na inércia de seus olhos dispõe um homem à desgraça.
ao medo do Mouro sem tempo de perdão.
Passos leves, sutís, capazes de ferir sem partir.
Pouco a pouco caminha para sua cela,
terminada mais uma cassada, desfaz-se com pesar, cansada.
Para que em sono profundo se aquiete para nunca mais,
voltar a ser assassina de quem o amor traz.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Morte Inquieta

O que farás quando a morte bater a sua porta?
Terá mesmo valido a pena cada segundo?
A sua satisfação será completa quando este momento chegar?
Terá realizado todas as tramas bem planejadas?
Ou se arrependerá pela ilusão vivida que desviara seu objetivo?
Estará certo de tudo e não serás tomado pela dúvida e uma possibilidade de vida diferente?
Será mais um a lamentar ou terá coragem de arriscar um futuro sem arrependimento?