domingo, 30 de novembro de 2014

O caminho refeito

Um jovem passa sua vida tentando buscar respostas que o encaixem na prodigiosa sociedade,
que tanto o prova em desacordo com o mérito e a necessidade. Seus passos são inseguros e ele não tem onde pisar, pois para seu figurino está esta peça a terminar. Tanto tempo de reflexão e qual será sua decisão? largar mão do pouco conquistado para atrever-se aos fatos que deixam esta inverossímil pena ou acenar com alegria aqueles que tramitam contra seus sonhos em silenciosa calmaria.
Renegado e furtado por indecisos incompetentes tão logo os toma como exemplo e segue sua trajetória com amparo sublime de quem se inspira com adorno, apesar de lamentáveis choros.
Aprende com o tempo que o certo deixa de ser individual, e sua disciplina fundamental.
Depois de tantas lutas, justo seria regar suas labutas com mérito intocável e sabor insaciável.
Justa foi sua escolha e deixado pela vontade e desejo se tornou um sábio, perante o caminho árduo que jamais foi refutado.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O inferno de um valoroso

O que é o inferno senão uma casa onde todos são pegos a redimir por suas faltas?
Não faltas morais mas faltas concomitantemente conscientes as quais se desafia a cada dia todo desejo perjurado que defasou seu caminho.
Qual o significado do mundoléu que estarrece o fugaz espaço ao qual são presas estas pobres almas?
Não foram prendadas a isto, não foram inteiradas à pena... Quem julgará sua inocência perante os capatazes do sub mundo? Estão jogadas e desamparadas a fim de apagarem sua culpa com demasiado sofrimento. Não é justo que seus lamentos tenham me trazido até aqui em vão. Levarei todas elas a um lugar mais virtuoso, onde seu ódio poderá servir de instrumento a quem necessita.

Quando trata-se de sonhos pode-se hesitar,
mas a única maneira de falhar é desistindo deles.

domingo, 23 de novembro de 2014

O homem sem nome

Ando por toda casa, não reconheço a morada.
Lembranças que pairam os móveis, já não representam nada.
Olho ao espelho e mais uma vez vejo imagens sem sentido.
Um homem desconhecido intriga-se com sua imagem
Olha-se a janela, e o orvalho estende-se com o resto da noite.
Escorado em pilares que já não aguentam me segurar,
os mesmos antigos sonhos voltam a me atormentar.
Provocam o desejo... Ah o desejo, perigoso e fugaz.
O tempo caminha, devagar e delicado,
por cada passo sem pressa.
Aos poucos se percebe que aqui dentro sua vida estarrece.
A luz apagou, sua hora chegou.
Até que tenha do outro lado passado deixe a fé comanda-lo,
Tantos anos cego, isto eu não acredito.
Um ar relento que lá ficou...Bendito!


Carta a consciência

Mais uma vez aqui me encontro,
Casa vazia, nada restou.
Eles vieram e tomaram tudo!
Tomaram a esperança, roubaram os sonhos
roubaram o desejo e até mesmo a ânsia de uma digna morte.
Agora o que vem a memória são desafios de um desejo que me domina. 
Olhando para o céu me pergunto onde estou?
Talvez você possa me guiar... Eu não posso me entregar.
Mesmo entorpecido pela ilusão, o caminho entregue até então.
Pelas visões antigas que mostram, renomado e desesperado passado.
Busco uma resposta aos seus pés, quem diria se humilhar.
Quem sabe as chamas queimadas por ti, um dia irão me ajudar. 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Com esta face estonteante, quando me paro a observar
seus belos traços que prantam meu coração a amar.
Um olhar profundo que me deixa estagnado,
tento escapar e nada mais consigo enxergar.
Doce e delicada, como suave melodia, como suave harmonia,
desperta meus sentimentos e acalma meus tormentos.
Olho em volta e o ar parece ríspido,
seu olhar de novo me prende como um labirinto,
que levaria a vida para desvincula-lo,
mas mesmo assim o faria de bom grado.