sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Jogo de Máscaras

Ninguém consegue esconder fortes desejos,
Nem profundas cicatrizes.

domingo, 3 de janeiro de 2016

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Quanto maior a ferida, maior o orgulho.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Um dia...

Um dia toda essa felicidade estampada pelo sorriso será esvaída
Um dia perceberás que não passeamos mais pelo palco
Um dia notarás que revirados nesta peça não reluzireis castos sorrisos
Um dia louvarás o coro dos mal apaixonados
E somente neste dia dar-se-á conta do quão vale um mero momento:
Um espetáculo aplaudido com lamúrias aos desvanecidos.
    

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Ultimo Lamento

Pelos anos que se passaram, rápidos e furtivos,
remetendo ao brilho do sol que se põe no horizonte,
Devia eu assumir esta pena, já que esta vida não passa de tropeços
no palco de trapos da vida.
Sê tu minha alma, complacente e densa
para que não pereças este corpo pela dúvida.
Desgaste o ultimo véu que encobre esta toada
e faça da visão, tão clara certeza quando se segue com o coração.
Suplico portanto aos ventos para que impulsionem esta jornada,
pois será ela minha ultima cartada.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Areias do Tempo

Um dia esse anel que representa aliança, irá romper.
Corrompido pelo tempo que a tudo destroi, serão estes laços apenas ferrugem.
Deturpadas lembranças restarão, e quando o fizerdes estarei lá...
Não tente me enganar com meio sorriso!
Se for para mentir convença-te primeiro.
Enquanto isto me faço paciente, já que o tempo nunca esteve ao meu lado, pelo dia em que seus juízos tombarem ao chão, derramados como bom vinho, perdido pela embriaguês do cortesão.
Não preocupes porém, pois sem julgamentos recolherei teus destroços... este destino já era por mim previsto.
Tentava-se enganar por fora para confundir o que se passava por dentro, mas quem com detalhe olha, não é domado pela espora.
Não te julgo , dama inocente, enquanto não sois única dentre tantas por aí.
Remete-me a duvida então, desse imutável jogo sem fim e sem solução
Devo dizer que estes votos foram clamados por teus lábios sem suficiente desejo, E a cada sopro que negavas, uma nova esperança se revelava.
Entenda, portanto, que no jogo da vida não há espaço para prisão, e se algum dia o tornares a fazer, o mesmo erro iŕa de cometer.
A partir desta, não mais juízo terei de ti, pois com duas chances iguais dadas, a segunda ao Diabo será cobrada.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Ceifeira do amor

O juízo dos teus olhos é que alarma para a estonteante fera,
que deparas com fervor os sentimentos em matéria,
o mero vislumbre furtivo à dama endiabrada,
com meia face gélida e outra metade deturpada,
o reflexo do espelho que segura confunde-se na imagem do amanhecer,
erguendo o brilho de suas tranças mal traçadas,
e na inércia de seus olhos dispõe um homem à desgraça.
ao medo do Mouro sem tempo de perdão.
Passos leves, sutís, capazes de ferir sem partir.
Pouco a pouco caminha para sua cela,
terminada mais uma cassada, desfaz-se com pesar, cansada.
Para que em sono profundo se aquiete para nunca mais,
voltar a ser assassina de quem o amor traz.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Morte Inquieta

O que farás quando a morte bater a sua porta?
Terá mesmo valido a pena cada segundo?
A sua satisfação será completa quando este momento chegar?
Terá realizado todas as tramas bem planejadas?
Ou se arrependerá pela ilusão vivida que desviara seu objetivo?
Estará certo de tudo e não serás tomado pela dúvida e uma possibilidade de vida diferente?
Será mais um a lamentar ou terá coragem de arriscar um futuro sem arrependimento?