domingo, 23 de novembro de 2014

O homem sem nome

Ando por toda casa, não reconheço a morada.
Lembranças que pairam os móveis, já não representam nada.
Olho ao espelho e mais uma vez vejo imagens sem sentido.
Um homem desconhecido intriga-se com sua imagem
Olha-se a janela, e o orvalho estende-se com o resto da noite.
Escorado em pilares que já não aguentam me segurar,
os mesmos antigos sonhos voltam a me atormentar.
Provocam o desejo... Ah o desejo, perigoso e fugaz.
O tempo caminha, devagar e delicado,
por cada passo sem pressa.
Aos poucos se percebe que aqui dentro sua vida estarrece.
A luz apagou, sua hora chegou.
Até que tenha do outro lado passado deixe a fé comanda-lo,
Tantos anos cego, isto eu não acredito.
Um ar relento que lá ficou...Bendito!


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